quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ser também religioso


Que alegria imensa sinto por estar aprendendo tanto com a ajuda dos espíritos amigos!
Inclusive por aprender a respeitar todas as religiões, mesmo que eu só pudesse estar no Espiritismo por ele não ser apenas mais uma como tantas.
Hoje compreendo que os religiosos em seus rituais são abençoados verdadeiramente pela espiritualidade quando em suas igrejas se reúnem com fé. Quando dobram seus joelhos ou levantam suas mãos ao alto, eles louvam e agradecem ao Deus criador e imediatamente das alturas caem bênçãos magníficas e tão merecidas pela revelação desse ato de humildade diante do Senhor e do pai descoberto, ainda que mais verdadeiramente nas horas de aflições. São comunidades inteiras de cristãos ou de muçulmanos, criaturas de Deus, buscando um encontro com o seu eu espiritual.
Mesmo que dentre esses irmãos estejam aqueles que não utilizam essa oportunidade para desenvolver o amor, serão os que amam verdadeiramente a Deus e fazem de suas vidas um testemunho desse amor que terão contribuído para que tantos deixem os ambientes trevosos do egoísmo e orgulho de seus corações.
Tais irmãos precisam sim de seus rituais para que transcendam, então, a condição material em que estão mergulhados e isso para o seu próprio aprendizado e progresso e possam sair de seus templos e igrejas fortalecidos para as agruras diárias da vida, que tanto sofrimento lhes reserva quanto sua capacidade em transcendê-lo pela coragem e fé.

Emmanuel
mentor de Chico Xavier
É, por isso, que quando estou em um centro espírita posso lamentar que muitos não compreendam ainda o Espiritismo como o abençoado Allan Kardec o codificou, ou seja, como um verdadeiro triângulo de Forças Espirituais, nas palavras de Emmanuel, portanto, como uma filosofia que solicita o tempo todo o apelo do bom senso e da razão, como uma ciência que explica e justifica a existência e a natureza do mundo espiritual na relação cotidiana com o mundo corpóreo e, sim, como uma religião, mas que propõe uma fé raciocinada uma vez que alicerçada na restauração do evangelho do Cristo, ou seja, que infunde a renovação definitiva do homem e que permite que quando essa renovação se inicie isso se dê, como nos diz o mesmo Emmanuel , para a grandeza de seu imenso futuro espiritual.
Nesse sentido, é de se lamentar que tenhamos ainda espíritas presos a rituais, sacramentos, paramentos, mitos e quaisquer cultos exteriores, sobretudo se com isso e por isso eles mascaram a própria dificuldade de abraçar com ardor toda essa fé raciocinada que o espiritismo lhes propõe e ainda dando-lhes todos os meios possíveis de alcançá-la e fortalecê-la, seja no amplo material de estudo disponível, seja nas comunicações dos espíritos amigos, que ao mesmo tempo em que consolam diante do sofrimento das provas e expiações que enfrentamos também nos advertem acerca dos perigos que guardam os caminhos da dissipação para aqueles que já foram esclarecidos.
Que Deus nos alimente a fé, a coragem e a caridade verdadeiramente cristã, pois são os únicos instrumentos disponíveis para o trabalho sincero daqueles que seguem o Cristo criador!

O Templo em Nova Delhi (Índia) como todos os templos Bahá’ís possui nove entradas, cada uma delas representando um Mensageiro de Deus: Krisnha, Abraão, Moisés, Zoroastro, Buda, Cristo, Muhammad, Báb e Bahá`u`lláh. Portanto, os Templos Bahá’ís são dedicados a todos os povos do mundo. Um templo bahá’í é uma Casa de Adoração a Deus onde as Sagradas Escrituras de todas as religiões são lidas nestes templos. Não há ritual, imagens ou clero.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O que deixamos de dizer!



Penso que, na terra, o maior temor que guardamos seja aquele que chamamos o temor da morte. Mas, afinal, o que é a morte? O Espiritismo vem nos mostrar, por meio de provas inequívocas, que ela não existe. E se ela não existe, então, por que ainda a tememos tanto? Sabemos que nossa memória acerca do período que vivemos no plano espiritual está deturpada pelo peso dessa matéria que utilizamos como forma de nos manifestar no plano físico. E é a perda temporária dessa lembrança que colabora para que acreditemos que tal “morte” seja algo punitivo ao invés de libertador.

Se pensamos na morte como punição, sempre estamos repletos de pavor  e tristeza quando nos deparamos com o assunto. Entretanto, se tomarmos esse tema, vendo-o como a libertação  do espírito, entendendo que a morte sinaliza que seu tempo na prisão do corpo afinal tenha se extinguido e, portanto, considerando que a verdadeira vida é a do plano espiritual, facilmente seremos agraciados pela bondosa justiça divina, porque alcançaremos  o real motivo de nossa breve passagem pelo peso do corpo.

Se pensarmos na morte do corpo como o renascimento do ser no mundo espiritual, compreenderemos que o período de vida na terra é insignificante perto da infinidade da vida espiritual, que é nossa verdadeira vida. Enfim, se olharmos a vida na terra como ferramenta divina para nossa ascensão até Deus, entenderemos que toda dor e aflição que julgamos passar aqui, nada mais são do que um presente de Deus, para que nos depuremos de nossos defeitos e a saibamos que, não existindo a morte, todos aqueles que um dia amamos na terra estão a nossa espera em outro plano e se comunicam conosco, evidentemente, à medida que se tornam aptos para isso. Isso tudo solicita-nos a que tenhamos uma postura menos lamentosa e mais esperançosa.

E se hoje ainda nos punimos por algo que deixamos de dizer àquele ente querido que, voltou aos braços da pátria espiritual, saibamos que em nossas preces sinceras ele e todo os outros nos ouvem e, como estão em condições mais favoráveis para compreenderem nossas limitações, nos envolvem com todo o amor que lhes seja possível dispensar.

Sendo assim, saibam: Aqueles que amamos na terra e que aqui nos amaram também, guardam esse sentimento por toda a eternidade.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Como mudamos o mundo

Com pequenas atitudes podemos mudar o mundo, não estou falando apenas da atitude, por exemplo, da reciclagem (isso também ajudará aos próximos que viverão aqui), mas também ajudando quem precise e ajudando da forma que cada um puder. 

E saiba que não adianta se frustrar por que determinada pessoa que você conhece não melhora... 
Melhorar tem que ser uma atitude que parta dela mesma. 

"O sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer”, essa frase do nosso grande Renato Russo resume tudo, não é?

Mas para alguém possa ajudar na melhora do outro, é preciso que esteja bem consigo mesmo, afinal, temos que dar o exemplo e fazer as coisas boas acontecerem, assim como o mestre Jesus: ele ajudou as pessoas a terem fé, porque a fé move montanhas.

Com esse empurrãozinho ajudamos muitas pessoas, e elas vão ajudar a outras e, assim, eternamente. Fazemos parte da corrente que vem mudando sempre o mundo para melhor.

Mas para isso acontecer é preciso tentar, pois, parafraseando Raul Seixas, “a guerra é o produto da paz e o homem é um exercício que se faz”, ou seja, não existe guerra que não resulte em paz e não existe paz que não possa terminar em guerra, ao menos nesse mundo de provas e expiações. Foi assim que aconteceu até agora, mas foi por meio dessa experiência que vivemos, lutamos e aprendemos e apenas depois disso tudo é que ensinamos.

Assim o homem vai na sua caminhada rumo à perfeição.




sexta-feira, 4 de maio de 2012

Qual é o seu objetivo?


Sim, por vezes, vivemos como autômatos, ou seja, sem consciência dos próprios atos e como que teleguiados por interesses estranhos àqueles que nos serviriam melhor, a nós mesmos, ao nosso espírito, porque mais benéficos também a todos os que nos cercam: nossos irmãos e todas as criaturas de Deus. 

Quando assim procedemos, isso só é possível, porque essa liberdade nos foi concedida pelo Deus de amor – até mesmo a liberdade de não se sentir ou não querer se tornar responsável pela própria melhoria ou mesmo de não desejar participar do progresso da alma em direção à comunhão com as esferas iluminadas pela comunhão com o amor divino.

O amor de Deus respeita nossa ignorância ou o tempo necessário até que cansemos de sofrer, afinal muito se sofre quando não se mede as consequências dos próprios atos impensados. E por isso, tão somente, é que respondemos pelas consequências de nossos atos – e, assim sendo, podemos afirmar com toda convicção que não existe “castigo de Deus”, mas um amor divino que nos confrange por querer nos salvar.

É também por isso mesmo que precisamos “ouvir” mais os espíritos protetores e que tanto nos auxiliam, sobretudo ao nos lembrarem de tais circunstâncias.

Vejam vocês, se não é isso mesmo o que também encontramos nessa comunicação de... “um espírito protetor” e que Allan Kardec publicou no seu Evangelho segundo o Espiritismo:

Quando considero a brevidade da vida, fico dolorosamente impressionado pela incessante preocupação da qual o bem-estar material é para vós o objeto, ao passo que ligais pouca importância e não consagrais senão pouco ou nenhum tempo ao vosso aperfeiçoamento moral, que deve vos ser contado para a eternidade. Crer-se-ia, ao ver a atividade que desdobrais, que ela se prende a uma questão do mais alto interesse para a Humanidade, enquanto que não se trata, quase sempre, senão em vos esforçar  para satisfazer necessidades exageradas, a vaidade, ou vos entregar aos excessos. Quantas penas, cuidados e tormentos se inflige, quantas noites sem sono para aumentar uma fortuna, frequentemente, mais do que suficiente! Por cúmulo da cegueira, não é raro ver aqueles a quem um amor imoderado da fortuna e dos gozos que ela proporciona, sujeita a um trabalho penoso, orgulhar-se de uma existência dita de sacrifício e de mérito, como se trabalhassem para os outros e não para si mesmos. Insensatos! Credes, pois, realmente, que vos será tido em conta os cuidados e os esforços dos quais o egoísmo, a cupidez, ou o orgulho são os móveis, enquanto que negligenciais o cuidado do vosso futuro, assim como os deveres da solidariedade fraternal impostos a todos os que gozam das vantagens da vida social! Não haveis pensado senão em vosso corpo; seu bem-estar, seus gozos foram o único objeto de vossa solicitude egoística; por ele que morre, haveis negligenciado o vosso Espírito que viverá sempre. Assim, esse senhor tão estimado e acariciado tornou-se o vosso tirano; comanda vosso Espírito que se fez seu escravo. Estava aí o objetivo da existência que Deus vos havia dado? (UM ESPÍRITO PROTETOR, Cracóvia, 1861)