sábado, 13 de abril de 2013

Que nossa vida seja sempre muito mais COMELESP!


Galera, nós também já estamos com muitas saudades da 35a COMELESP - Confraternização das Mocidades Espíritas do Leste do Estado de São Paulo, que neste ano aconteceu em Tremembé e teve como tema: SER - Sentimento, Expressão e Responsabilidade. O encontro ajudou-nos a refletir sobre a  autorresponsabilidade como caminho para o bem-estar individual e universal. 

Todo mundo deve estar lembrado do 1º módulo de estudos, que aconteceu na sexta-feira, bem como daquela primeira inesquecível dinâmica, na qual ficamos de olhos vendados, buscando lembrar-nos de todo o longo caminho evolutivo que trilhamos até chegarmos a nossa atual condição. 

Na sala optativa que a Equipe Vagalumeria ajudou a conduzir -  Queremos falar de Espiritismo na Blogosfera - convidamos duas participantes que atuaram na equipe de editoria para que escrevessem suas sensações e impressões a partir daquela experiência no  Módulo. Estamos postando seus textos por aqui a fim de compartilhar não apenas uma doce lembrança, mas também mais uma oportunidade de aprendizado. 


Uma Lembrança Inquietante

Por: Lihzianne Aryevillo

29 de março de 2013. Dia ensolarado com temperatura amena, 14 horas. Aparentemente, um feriadão de páscoa, numa tranquila cidade do interior de São Paulo (Tremembé para ser mais específica).
Enquanto muitas famílias estão ocupadas, preparando o tão tradicional almoço de páscoa, cerca de 300 jovens fazem algo diferente: num dado momento e separados em suas respectivas salas, voltam ao mais remoto dos tempos de existência espiritual. Eles deixam de ser pessoas com senso de razão e inteligência, para voltarem a ser vermes, amebas, seres primitivos e pré-históricos. Estamos falando da primeira dinâmica oferecida pela COMELESP de 2013, ocorrida em Tremembé, São Paulo. E a dinâmica era exatamente isso que acabei de descrever acima. Todos os participantes de olhos vendados e, sob coordenação do dirigente da sala, simulam, após o direcionamento do mesmo, uma existência como ser unicelular, depois, como uma esponja marinha, como dinossauro e homem pré-histórico, primitivo, até chegar à condição de existência atual.
Não há como não refletir. Não há como não pensar, indagar e não filosofar a respeito. Um dia fomos aquilo. E, no dia 29, “voltamos” a ser aquilo novamente, bilhares de anos mais tarde e infinitamente mais desenvolvidos, fisicamente e espiritualmente, e mais evoluídos também. Mais evoluídos? Ainda temos surtos animalescos, perdemos a razão por motivos pequenos, somos mesquinhos, egoístas, arrogantes, hipócritas e prepotentes, coisas que nada têm a ver com o conceito de “homem evoluído”. E isso só me faz pensar como somos pequenos e insignificantes diante do eterno. Não, eu ainda não estou falando de Deus. Estou falando da vida. Da nossa vida, e do nosso papel perante a sociedade, no que diz respeito à nossa existência como pessoas, e até mesmo como espécie humana.
Bilhares de anos se passaram, e ainda somos muito pouco perante tudo o que ainda temos a evoluir. Bilhares de anos estão por vir, e ainda assim teremos muito a atingir.Somos apenas seres do universo em busca de conhecimento e de sentido para existirmos. Aqui vai uma notícia para você: esse processo é infinito.

Mergulho na lembrança

Po: Íthala Sakai

Sinta o ar, respire-o profundamente e adentre nessa viagem. A ausência de luz, a voz firme que te direciona  diz o que és e o que não deves fazer. Mesmo que você sinta sua voz a todo o momento querendo lhe inundar a garganta, você se cala, Você tem essa capacidade, mas ela não lhe cabe nesta condição. Teus movimentos ainda estão bem limitados, estão prontos para reagir ao mundo, mas você não os possui em sua máxima capacidade. Jogue-se no chão, rasteje e sinta tal limitação, sinta o que já foi, o caminho que já percorreu. Perceba que embora você se conheça hoje, ali, isso não era o suficiente.
Agora, há uma voz que lhe ordena andar, as luzes se acendem e ao seu redor outros como você, nesse momento, lutam por questões básicas de sobrevivência: a busca do alimento, a disputa por espaço. Morrer não é o objetivo e você usará todos os instintos a seu favor. 
Você se aproxima do que é, mas ainda não se atingiu plenamente. E percebe ainda uma constante: mesmo que você se atinja em seu âmago, tem consciência que isso ainda não é a plenitude.
Abra as portas, sua mente e o coração. 
A hora de se autoconhecer se conquista ao verificar o que se foi e o que ainda pode vir a ser. É entender por onde se passou e olhar diferentemente para as dificuldades: desde o modo como as julgou.
É preciso olhar ao redor, mas também olhar para dentro, buscando o interior, ou seja, o autoconhecimento. Para assim obter a melhoria moral, sobreviver à mudança e prosseguir evoluindo sempre.

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